A Bahia, berço de uma rica e diversa cultura musical, que deu ao Brasil nomes como Ivete Sangalo, Bell Marques, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e tantos outros, vive hoje uma preocupante transformação em parte de sua produção musical. A nova tendência, especialmente no pagode e no arrocha, se distancia das tradições que exaltavam a beleza da cultura baiana, do amor e da alegria para mergulhar em letras explicitamente vulgares e que, muitas vezes, flertam com apologia ao crime. Frases como "rala xereca", "senta no pau", "roça no fuzil" e "roça na quadrada" têm dominado as playlists, festas de rua e até rádios locais. O problema não é apenas o conteúdo em si, mas o contexto em que ele é consumido: músicas com mensagens explícitas tocadas em volumes ensurdecedores, em espaços públicos, e, ainda mais preocupante, a naturalização desse tipo de material para crianças, que frequentemente são incentivadas pelos próprios pais a re...
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