Campanha política em Lauro virou sinônimo de poluição sonora e perturbação do sossego, agravada pela utilização de paredões
A utilização de "paredões" em caminhadas e campanhas políticas tem se tornado uma prática comum em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS) e na própria capital baiana. No entanto, essa estratégia de campanha tem gerado grande insatisfação entre os moradores, que vêm sofrendo com os impactos negativos dessa forma de propaganda.
Os paredões, que são conjuntos de potentes sistemas de som instalados em veículos, têm sido denunciados por causarem níveis de barulho extremamente altos, a ponto de fazer as casas tremerem, segundo relatos de moradores. Esse tipo de poluição sonora transforma o ambiente em um verdadeiro caos, especialmente para aqueles que residem nas áreas afetadas, gerando desconforto e perturbação do sossego público.
Um grupo especialmente vulnerável a esse tipo de abuso são os animais e as pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O barulho excessivo e ininterrupto de paredões causa intenso sofrimento para animais de estimação, que possuem audição sensível. Muitos donos relatam comportamentos ansiosos e até agressivos em seus pets durante essas manifestações. Para as pessoas autistas, o som alto pode desencadear crises sensoriais, levando a episódios de ansiedade e agitação extrema, o que afeta profundamente sua qualidade de vida.
Além disso, a exposição prolongada a sons de alta intensidade pode trazer uma série de problemas de saúde para qualquer pessoa. De acordo com estudos médicos, o barulho excessivo pode causar perda auditiva temporária ou permanente, distúrbios do sono, aumento da pressão arterial, estresse e até doenças cardíacas. Em um ambiente onde o barulho é constante e intenso, a população fica vulnerável a essas condições, muitas vezes sem ter como evitar.
Dessa forma, o uso de paredões em campanhas políticas representa uma forma de desrespeito não apenas às normas de convivência social, mas também ao bem-estar físico e mental da população. É fundamental que as autoridades locais tomem medidas para regulamentar e fiscalizar essa prática, de modo a garantir que a propaganda política seja feita de maneira responsável, sem sacrificar o direito dos cidadãos ao sossego e à saúde.
Em suma, o uso indiscriminado de paredões nas campanhas políticas em Lauro de Freitas, RMS e Salvador é um problema urgente que precisa ser enfrentado. O barulho excessivo, o impacto negativo sobre grupos vulneráveis e os riscos à saúde são questões que não podem ser ignoradas. É preciso encontrar um equilíbrio entre o direito à livre expressão política e o respeito aos direitos dos cidadãos.

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