Ônibus grátis em Itinga prejudica mototaxistas e ligeirinhos, e ação é vista como eleitoreira por alguns usuários
Nas ruas de Lauro de Freitas, a gratuidade dos ônibus, implementada durante o período eleitoral, tem gerado intensas discussões entre os moradores e trabalhadores do transporte alternativo. Durante os 16 anos da administração da prefeita Moema Gramacho, muitos populares afirmam que nunca viram tal iniciativa, levantando suspeitas sobre o timing da ação, que para alguns, parece ser uma medida eleitoreira.
A gratuidade nos ônibus, embora importante para a população mais carente, está sendo vista com desconfiança por grande parte dos eleitores. "Nunca tivemos ônibus de graça por tanto tempo. Agora, com as eleições chegando, colocam a gratuidade. Parece mais uma forma de tirar de um santo para cobrir outro", afirmou um morador que utiliza o transporte público regularmente.
A principal crítica recai sobre a falta de planejamento para mitigar o impacto da medida em outras categorias de transporte. Profissionais como mototaxistas e os famosos "ligeirinhos" têm sofrido uma queda acentuada no fluxo de passageiros, resultando em dificuldades financeiras. Vários desses trabalhadores procuraram nossa redação para relatar a precariedade de sua situação após a implementação da gratuidade.
"Estamos passando por uma crise, com menos pessoas pegando mototáxi ou ligeirinho. A prefeitura simplesmente ignorou nossa categoria, não realocou os profissionais e sequer apresentou uma solução para essa escassez de passageiros", lamentou um mototaxista local, que pediu para não ser identificado.
Esses trabalhadores apontam que, ao invés de um planejamento integrado para melhorar o transporte no município, a medida veio sem diálogo com a categoria ou qualquer proposta para minimizar os impactos negativos no transporte alternativo, essencial em muitas áreas da cidade onde o transporte público tradicional não chega.
O impacto da gratuidade no transporte alternativo não só afeta o sustento dos trabalhadores, mas também provoca um debate sobre a legalidade da ação. Muitos questionam se a medida está de acordo com as regras eleitorais e acusam a prefeitura de usar o transporte público como uma ferramenta para angariar votos. Apesar disso, a gestão municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre essas acusações, nem apresentou um plano para solucionar a situação dos profissionais do transporte alternativo.
Com a proximidade das eleições, as tensões tendem a aumentar, e a população de Lauro de Freitas aguarda ansiosamente por mais esclarecimentos e ações que possam equilibrar o transporte público e alternativo no município. Enquanto isso, mototaxistas e ligeirinhos seguem lutando para sobreviver em meio a um cenário incerto.
Estamos à disposição para esclarecimentos sobre os fatos através do nosso e-mail: aloandersonoficial@gmail.com.

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